Ser
professor, um novo desafio
Marília de Medeiros
Franceschi
Ser
professor nos dias de hoje tem uma conotação diferente há de alguns anos atrás,
quando o professor era tido como detentor do conhecimento, hoje sabemos que seu
papel está muito além, ele é um mediador.
O conhecimento está em toda parte, principalmente nas mídias,
disponíveis ao acesso das pessoas graças à tecnologia. No entanto, se encontra
em forma de informação, cabe ao professor possibilitar ao aluno interagir com
as informações transformando-as em conhecimento, com autonomia e cidadania.
Mesmo
diante das mudanças tecnológicas, culturais e sociais percebo que ainda a
prática pedagógica ainda está presa ao quadro e giz, embora a tecnologia já
esteja disponível nas escolas. Usam-se
várias desculpas para não usar com frequência o Ambiente Tecnológico Escolar
como: não há um número de computadores suficiente para a turma de alunos, a
maior parte não está funcionando, entre outras. Na verdade, são tentativas de
esconder a dificuldade do professor em lidar com as tecnologias.
Gadotti
diz que:
Ser
professor hoje é viver intensamente o seu tempo, com consciência e sensibilidade.
Eles não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica,
mas também formam pessoas. (2003,p.21)
A
sociedade atual exige rapidez, segurança e dinamismo em todas as profissões, cabe
ao professor como formador (mediador) destes futuros profissionais ter clara a
importância e a necessidade de uma formação continuada (para que o mesmo possa
rever seus conceitos, suas práticas pedagógicas de um modo consciente e
reflexivo).
O
uso das tecnologias invadiu a nossa vida, saber manusear esse recurso
pedagógico, é de fato essencial, é mais uma linguagem, que precisamos aprender
e buscar ensinar aos alunos. Para Antunes:
[...]
o computador veio para ficar e necessitamos utilizá-lo em aulas para
desenvolver o senso crítico do aluno, ensiná-lo a pensar melhor, aguçar suas
faculdades de observação e pesquisa, sua imaginação, suas memórias e os novos
horizontes de sua comunicação. (2001, p. 66)
Neste
contexto, como professora, ainda no início de carreira como docente, sinto a
necessidade de aprender cada vez mais, em como usar a tecnologia como
ferramenta na minha prática pedagógica já que é tão atraente aos alunos, como
nova estratégia no processo de construção do conhecimento, na autonomia de
resolução de problemas do cotidiano, não apenas para atender a solicitações de
trabalhos com projetos, a que se use o ATE (Ambiente Tecnológico Escolar) que
dispomos na escola. Trabalhei como secretária escolar durante onze anos e
sempre me interessei pelas tecnologias, neste período fui articuladora das TICs
na escola onde trabalhava.
Como afirma o filosofo
Ludwig Wittgenstein, citado por Alves (2003, p.27) : “Os limites da minha
linguagem denotam os limites do meu mundo”.
Referências
ALVES, Rubem. Conversas sobre educação. Campinas,
SP:Verus Editora, 2003.
ANTUNES,
Celso. Como desenvolver as competências
em sala de aula?, 5ª Ed, Editora Vozes Ltda. Petrópolis, 2001
GADOTTI,
Moacir. Educar e impregnar de sentido a vida. Professor. Impresso especial MEC, Ano 1,nº 02, Novembro/2003.