segunda-feira, 16 de junho de 2014

Ser professor, um novo desafio

Marília de Medeiros Franceschi
                          
Ser professor nos dias de hoje tem uma conotação diferente há de alguns anos atrás, quando o professor era tido como detentor do conhecimento, hoje sabemos que seu papel está muito além, ele é um mediador.  O conhecimento está em toda parte, principalmente nas mídias, disponíveis ao acesso das pessoas graças à tecnologia. No entanto, se encontra em forma de informação, cabe ao professor possibilitar ao aluno interagir com as informações transformando-as em conhecimento, com autonomia e cidadania.
Mesmo diante das mudanças tecnológicas, culturais e sociais percebo que ainda a prática pedagógica ainda está presa ao quadro e giz, embora a tecnologia já esteja disponível nas escolas.  Usam-se várias desculpas para não usar com frequência o Ambiente Tecnológico Escolar como: não há um número de computadores suficiente para a turma de alunos, a maior parte não está funcionando, entre outras. Na verdade, são tentativas de esconder a dificuldade do professor em lidar com as tecnologias.
Gadotti diz que:
Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo, com consciência e sensibilidade. Eles não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. (2003,p.21)
A sociedade atual exige rapidez, segurança e dinamismo em todas as profissões, cabe ao professor como formador (mediador) destes futuros profissionais ter clara a importância e a necessidade de uma  formação continuada (para que o mesmo possa rever seus conceitos, suas práticas pedagógicas de um modo consciente e reflexivo).
O uso das tecnologias invadiu a nossa vida, saber manusear esse recurso pedagógico, é de fato essencial, é mais uma linguagem, que precisamos aprender e buscar ensinar aos alunos. Para Antunes:
[...] o computador veio para ficar e necessitamos utilizá-lo em aulas para desenvolver o senso crítico do aluno, ensiná-lo a pensar melhor, aguçar suas faculdades de observação e pesquisa, sua imaginação, suas memórias e os novos horizontes de sua comunicação. (2001, p. 66)
 
Neste contexto, como professora, ainda no início de carreira como docente, sinto a necessidade de aprender cada vez mais, em como usar a tecnologia como ferramenta na minha prática pedagógica já que é tão atraente aos alunos, como nova estratégia no processo de construção do conhecimento, na autonomia de resolução de problemas do cotidiano, não apenas para atender a solicitações de trabalhos com projetos, a que se use o ATE (Ambiente Tecnológico Escolar) que dispomos na escola. Trabalhei como secretária escolar durante onze anos e sempre me interessei pelas tecnologias, neste período fui articuladora das TICs na escola onde trabalhava.
Como afirma o filosofo Ludwig Wittgenstein, citado por Alves (2003, p.27) : “Os limites da minha linguagem denotam os limites do meu mundo”.

Referências

ALVES, Rubem. Conversas sobre educação. Campinas, SP:Verus Editora, 2003.
ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula?, 5ª Ed, Editora Vozes Ltda. Petrópolis, 2001

GADOTTI, Moacir. Educar e impregnar de sentido a vida. Professor. Impresso especial MEC, Ano 1,nº 02, Novembro/2003.
Socorro!!!